Boipeba

A ilha de Boibepa é uma dessas raridades nos dias atuais para quem quer fugir dos agitos das cidades. É uma das três ilhas habitadas do Arquipélago de Tinharé. Está localizada ao sul de Morro de São Paulo e cercada de um lado pelo Oceano Atlântico e de outro pelo Rio do Inferno, rio que a separa de Morro de São Paulo. O nome Boipeba é de origem indígena (Tupi) e significa “cobra chata”. No local não entram automóveis, sendo todos os percursos feitos a pé ou de trator.

A ordem aqui é uma só: tranqüilidade e contato com a natureza. Dunas, mata atlântica, corais, piscinas naturais de águas mornas, rios e manguezais encantam os visitantes.
Quem pretende visitar a ilha é bom ir preparado, poucos lugares aceitam cartão de crédito ou cheque. Leve dinheiro em espécie e em real, pois não há casa de câmbio. Celulares funcionam em alguns pontos da ilha. Há um posto telefônico, alguns telefones públicos e cyber-café.

HISTÓRIA DE BOIPEBA
 
Boipeba foi fundada em 1537 por jesuítas e elevada à condição de Vila no ano de 1610. A ilha também foi residência jesuítica no século 16. Em 1599 os jesuítas se refugiaram em Boipeba devido os ataques dos Aimorés e Camamus. No ano de 1559, movidos pelas campanhas realizadas pelo Governador da época no Brasil, Mem de Sá, alguns colonos começaram a ocupar as terras desta região e em 1565 foram criadas as vilas de Cairú e Boipeba. Foram os jesuítas os primeiros que tiveram contato com os índios nesta região. As ruínas do Colégio instalado no povoado de Cova da Onça, conhecido também como São Sebastião, são indícios da permanência dos jesuítas e da preocupação destes em proteger os índios contra a escravidão. Há registros que em agosto de 1534 um famoso pacificador de índios chamado Caramuru visitou as ilhas devido um naufrágio da nau espanhola Madre de Dios ocorrido ao sul de Boipeba. O local ficou conhecido como a Ponta dos Castelhanos.

Com a decadência econômica que atingiu Cairú em meados do século 18, Boipeba perdeu a condição de Vila e ficou reduzida a poucos moradores, sendo considerada a maioria destes, pobres. No ano de 1811, Baltasar da Silva Lisboa transfere a nova Boipeba para o continente, dando origem a cidade de Nilo Peçanha. Como herança histórica, Boipeba guarda no antigo povoado duas igrejas que representam a fundação da ilha. São as Igrejas do Divino Espírito Santo e Igreja de São Sebastião.

Todo ano acontece no mês de junho a festa do divino espírito santo, com procissão e festa com bandas baianas.